Projeto propõe que PMs capixabas usem câmeras portáteis durante serviço

O deputado estadual Bruno Lamas propôs que o governo adquira os instrumentos, que seriam portáteis e acoplados aos uniformes, como forma de inibir processos injustos por abuso de autoridade e excesso de força, além de garantir proteção para sociedade contra o  mau profissional.

E se câmeras portáteis fossem acopladas aos uniformes e gravassem automaticamente todas as atividades dos policiais capixabas durante o turno de serviço?

As abordagens, fiscalizações, buscas, varreduras, acidentes e demais interações com o público seriam registradas independentemente da ação do policial, como já acontece hoje em São Paulo, Santa Catarina, Nova Iorque, Los Angeles, Londres, Chile e Alemanha.

Essa é a proposta de uma indicação do deputado estadual Bruno Lamas (PSB) que foi aprovada pela Assembleia Legislativa, na sessão do último dia 18. Para valer, ela depende agora do aval do governador Renato Casagrande (PSB).

“Às vezes, o policial vai para rua, faz a coisa certa, pega o bandido, mas acaba sendo processado injustamente por abuso de autoridade e excesso de força. Queremos corrigir isso. Com a minha proposta, a câmera vai filmar tudo.

É também uma proteção importante para o cidadão, caso ele seja vítima de um mau policial, o que ocorre em todas profissões. Enfim, o  equipamento viria para melhorar a prestação do serviço oferecido”, justificou Bruno.

O deputado destaca que respeita e admira o trabalho da Polícia Militar capixaba, uma instituição que sempre contou com o seu voto favorável na Assembleia Legislativa.

“Precisamos cuidar e valorizar os policiais. Por isso, defendemos uma câmera corporal que proteja esses profissionais de falsas acusações e de interpretações inadequadas”, declarou.

Os dados da câmera seriam transmitidos em tempo real por meio de live streaming ou armazenados na nuvem para acesso remoto das autoridades de segurança e judiciais sempre que necessário.

A filmagem facilitará o trabalho do advogado, do juiz e do promotor na tomada de decisões, como já acontece na polícia de Santa Catarina, servindo de prova nos julgamentos.

A localização por GPS também facilita a produção de provas e garante mais segurança aos policiais. Com o equipamento acoplado ao corpo, o policial pode ter sua posição facilmente rastreada e informada com exatidão a outras equipes da PM em casos de necessidade de reforço.

São Paulo implementou a medida após anos de estudos e avaliações que resultaram em consenso acerca da utilização do equipamento. Os testes naquele estado começaram a partir de 2016, simultaneamente a intercâmbios com forças de segurança de Nova Iorque, Los Angeles, Londres, Chile e Alemanha.

“O sistema de gravação ininterrupto colocará o Espírito Santo na vanguarda da tecnologia de ações de segurança pública e uso da força ostensiva policial”, destacou Bruno.