Indonésios pegos sem máscaras podem pagar multa com minutos no caixão

Pessoas pegas sem máscara na capital indonésia de Jacarta podem permanecer em um caixão por cerca de um minuto como punição. Os infratores não são obrigados a deitar no caixão, mas podem evitar uma multa ou serviço comunitário se optarem pela estranha punição.

Não é a primeira vez que autoridades em Jacarta usam caixões para forçar as pessoas a obedecer as restrições impostas pelo governo do país por medo. As autoridades de Jacarta também colocaram previamente na cidade caixões com um aviso dos números de infectados e mortos na Indonésia.

Uso de máscara

Segundo o Professor Associado do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), Beny Spira, o uso de máscaras é intuitivamente lógico, pois forneceria uma barreira, evitando o espalhamento de gotículas ou aerossol contendo partículas virais.

De fato, ele aponta que alguns estudos mostram que as várias camadas de máscaras cirúrgicas e respiradores são capazes de reter boa parte dos vírus expelidos por pessoas infectadas. Porém, a ciência não se baseia em intuições lógicas ou senso comum.

Em 21 de julho, Beny Spira publicou um artigo sobre a ineficiência de máscaras faciais. Ele também afirma que o uso obrigatório não é baseado em evidências científicas.

O professor da USP explica que uso de máscaras em espaços abertos é desnecessário e desafia as leis da microbiologia.

Pois, ao expelir vírus em um ambiente aberto na forma de aerossol ou gotículas pequenas, esses se diluem imediatamente, diminuindo o que o os virologistas chamam de carga viral (o número de vírus necessário para infectar uma pessoa sadia).

Além disso, Spira diz que na presença de radiação solar, vírus de RNA como os coronavírus da covid-19 são inativados em questão de dezenas de minutos.

Em outras palavras, para que uma pessoa seja infectada por vírus expelidos por outrem em um ambiente aberto, deve haver uma grande proximidade entre elas.

A não ser que o infectado espirre ou tussa diretamente no rosto do indivíduo suscetível, o risco de infectar-se ao ar livre é muito baixo.

Leia na íntegra o artigo do Professor Beny Spira neste link.