Fome na Venezuela

A Venezuela socialista de Nicolás Maduro continua liderando o pior desempenho econômico da região ao integrar a pequena lista de países da América Latina e do Caribe que sofrerão retração econômica este ano.

O país lidera o ranking de pior desempenho econômico do continente (-4%), seguido pelo Haiti (-1,3%) e o Suriname (-1%). As estimativas para o regime permanecem as mesmas de julho.

A outrora potência latino-americana, que registra sete anos sustentados de queda do Produto Interno Bruto (PIB), lidera os piores desempenhos econômicos.

A Venezuela também enfrenta a maior taxa de inflação do bloco, por exemplo, a inflação interanual calculada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) foi de 2.719,5% até junho deste ano.

O segundo país com pior desempenho econômico é o Haiti, que em 14 de agosto deste ano sofreu um terremoto de magnitude 7,2 que deixou um saldo de 2.189 mortos, 12 mil feridos e 32 desaparecidos, segundo dados oficiais atualizados até 18 de agosto.

O desastre natural destruiu mais de 7 mil casas e danificou mais de 12 mil. Além disso, o país enfrenta uma crise institucional após o assassinato do presidente Jovenel Moise, em 7 de julho.

A CEPAL estima que neste ano a América Latina e o Caribe crescerão 5,9% e, para 2022, projeta-se uma desaceleração do crescimento, que chegará a 2,9%.

A instituição alerta que o crescimento projetado para 2021 não será suficiente para recuperar o patamar de 2019.

A comissão sinaliza que a crise ocasionada pela Covid-19 agravou os problemas estruturais da região, como a baixa produtividade e o investimento; alta informalidade, desemprego, desigualdade e pobreza.

Dados da Pesquisa Nacional de Condições de Vida (Encovi) 2019-2020 mostram que a pobreza na Venezuela passou limites nunca alcançados na história. De acordo com o estudo, mais de 96,2% da população vive nessas condições e o número continua crescendo.

Ainda segundo a pesquisa, o salário mínimo definido em 2021 pelo governo de Nicolás  Maduro é, em média, cerca de US$ 3 mensais.

O valor é considerado insuficiente para adquirir 1% dos produtos da cesta básica, o que coloca parte da população na faixa de pobreza extrema.

Com informações, CEPAL.