Exportações do agronegócio brasileiro crescem e batem recorde início de 2020

As exportações do agronegócio brasileiro surpreenderam e tiveram recorde no acumulado de janeiro a maio de 2020 e fecharam em US$ 42 bilhões, o maior valor já registrado para os primeiros cinco meses do ano.

O resultado representa uma alta de 7,9% em relação ao mesmo período de 2019, segundo dados do Ministério da Economia compilados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Segundo a CNA, também houve recordes nas vendas externas do agro em volume de janeiro a maio, que totalizaram 86,8 milhões de toneladas, 15,3% a mais que no mesmo período do ano passado, e no superávit comercial, diferença entre as exportações e as importações, que foi de US$ 36,6 bilhões, superando o recorde anterior observado nos cinco primeiros meses de 2018.

Os principais produtos exportados de janeiro a maio foram a soja em grãos (US$ 16,3 bilhões), a carne bovina in natura (US$ 2,8 bilhões), a celulose (US$ 2,6 bilhões), a carne de frango in natura (US$ 2,6 bilhões) e o farelo de soja (US$ 2,3 bilhões).

Estes cinco produtos responderam por 63,4% da pauta exportadora do agro brasileiro no período.

A China foi o principal importador do Brasil, sendo destino de 39,3% dos embarques dos produtos do agro. A receita gerada com as exportações para o país asiático foi de US$ 16,5 bilhões no período.

Em seguida vieram a União Europeia, para onde foram 16,4% das vendas externas brasileiras, Estados Unidos (6%), Turquia (2,1%) e Japão (2%).

Desempenho mensal recorde – Ainda de acordo com a CNA, o mês de maio também foi de recorde tanto para as exportações do agro, com receita de US$ 10,9 bilhões (alta de 17,9% na comparação com maio de 2019), quanto para o saldo comercial, que teve superávit de US$ 10,1 bilhões. Em volume, as vendas externas foram de 24,8 milhões de toneladas, volume 34,1% superior ao de maio do ano passado.

Os principais destaques no mês passado na pauta exportadora foram: soja em grãos (US$ 5,1 bilhões), carne bovina in natura (US$ 682,6 milhões), farelo de soja (US$ 648,8 milhões), açúcar de cana em bruto (US$ 634,8 milhões) e celulose (US$ 586,3 milhões).

Os cinco produtos representaram 70,4% da pauta exportadora do mês. A China foi o destino de 44,9% das vendas externas em maio.