Empresários contam com linhas de crédito do Bandes voltadas ao comércio exterior

A tendência de manutenção das taxas cambiais com a moeda exterior mais valorizada abre novas perspectivas para as exportações de produtos e serviços capixabas. Diante disso, os empresários interessados em investir na infraestrutura necessária para a ampliação do mercado podem contar com as linhas de crédito do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes).

De acordo com dados do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), de janeiro a novembro de 2019, o Espírito Santo movimentou R$ 8 bilhões com a exportação de diversos produtos. Comparativamente, o valor é 2,7% superior ao do mesmo período do ano anterior.

Para expandir os limites de seu mercado, o empresário sabendo da relação intrínseca entre o comércio exterior e a variação cambial, deve ficar atento ao seu plano de negócios e buscar uma consultoria que proporcione o apoio necessário ao investimento na adequação de sua produção para o mercado exterior.

Desta forma, o cenário atual pode induzir as vendas externas de setores não tradicionalmente exportadores ou com baixa participação na pauta de exportações (confecções, móveis, frutas, especiarias diversas, etc.), além de viabilizar a expansão e diversificação de mercados de setores já internacionalizados, como é o caso das rochas ornamentais.

As soluções de financeiras apresentadas pelo Bandes aos empresários de comercio exterior fortalecem a atuação do banco no fomento à criação de um ambiente de exportação para pequenas e médias empresas capixabas. Com linhas de crédito e condições operacionais adequadas, o Bandes pretende facilitar aos empresários o acesso a mercados externos com financiamentos e outras ferramentas de apoio, proporcionando um aumento da competitividade das empresas.

O território capixaba, por sua localização privilegiada, favorece a implantação de empreendimentos voltados ao oferecimento de soluções logísticas, como terminais portuários, portos secos, condomínios empresariais, galpões e depósitos. Tais equipamentos são fundamentais para o incremento das relações comerciais com o mercado nacional e internacional.

Cultura exportadora

O Bandes também desenvolve ações voltadas para o apoio às exportações e participa de vários programas, com o objetivo de promover essa cultura: o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) é uma delas. O PNCE é um programa do Ministério da Indústria Comércio Exterior e Serviços, que instituiu uma metodologia para a internacionalização de empresas.

Essa metodologia criou a chamada “trilha da internacionalização”, que segmenta o processo exportador em fases (sensibilização, inteligência comercial, adequação de produtos e processos, promoção comercial e internacionalização).

Já o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) é uma ação vinculada ao PNCE e tem por proposta a capacitação das empresas. No PEIEX, a empresa é avaliada quanto ao perfil exportador e recebe um acompanhamento de técnicos especializados em exportação.

Esses especialistas visitam a empresa e fazem um diagnóstico do que será necessário para que a empresa seja exportadora. Todo este processo é custeado pelo próprio PEIEX, não havendo necessidade de desembolso por parte da empresa.

Há várias ações voltadas para cada uma das fases de maturação do processo exportador, além de ações para a promoção comercial ou de capacitação promovidas por instituições federais e estaduais.

O Bandes disponibiliza recursos para apoiar empresas que queiram exportar ou aquelas que já exportam, por meio de ações de sensibilização e linhas de crédito à exportação.

Todo este contexto trabalha o desenvolvimento da cultura exportadora nas empresas, considerando que a exportação pode ser uma ferramenta de equilíbrio para vários negócios, que é quando as empresas se preparam para manter o atendimento tanto no mercado interno quanto externo, gerenciando basicamente a dose de esforço que dará a cada um na medida em que a economia for se comportando.